18 de janeiro de 2010

VENDEDORES DA ÁGUA DO PANEMA

Candinho, o Aguadeiro, de Santana do Ipanema, juntamente com dezenas de outros vendedores da água do rio Panema, no trabalho diário em levar água em lombo de burro às casas iguais a todos os ambulantes carvoeiros, comerciantes de pães e outros produtos. Nas ruas de Santana do Ipanema, distante de Maceió 250 km, os vendedores de água foram transformados em sombras do passado com casas ligadas, hidraulicamente, ao rio São Francisco com água de Pão de Açúcar a 50 km de Santana. No entanto, velhas cisternas reclamam água de chuva e vendedores de água em carros-pipas percorrem Santana como vendedores de pão.

Houve uma época distante que escapou dos livros didáticos e se agarram nestas páginas para que o registro não se confunda com a poeira que levanta-se ao soprar de vento nas quartas-feiras e sábados de Santana do Ipanema, onde a feira ocupa as principais ruas do mercado e o Mercado da Carne toma sentido, assim as toldas de queijos e doces sobem as ladeiras até a Feira da Farinha, próxima a estrada de rodagem 316 que traz de volta os filhos de Santana. Candinho que percorria estradas de pés descalços, hoje, transformado em praça, observa os carros trafegando na BR-316.