A PRAÇA DO JUMENTO & O AGUADEIRO CANDINHO
Está escrito no livro “NÃO” (1989, P. 133), de um dos escritores de Santana do Ipanema, e esta narativa encontra-se no final da obra que, quase todas as tardes, eu vou reler na Biblioteca Municipal de Santana do Ipanema: Candinho granjeara fama e tornara-se bem-falado por ser um dos inovadores no Sertão alagoano a conduzir água do rio Ipanema em ancoretas nos lados de uma cangalha – esta usada para forrar lombo de burro – às casas que pediam os seus serviços. Nas ruas pedregosas de Santana do Ipanema, Cândido e dois muares (Pirigu e Prissigu) abasteciam os potes de barro das casas sem água.
Perigo e Persigo (1989, p. 133-4), nome de seus dois asnos. Candinho sempre transportou água com a ajuda deles, sendo um mais conhecido como Prissigu, vinda das cisternas, das cacimbas (feitas em dorsos areentos de rios e riachos) e dos açudes às clientelas exigentes que podiam-lhe pagar por uma carga, ainda que salobre.
Os burros e Candinho perdiam-se numa tangente que um caminho de casas e casinholas e muros rústicos e arbúsculos e árvores desnudas e raquíticas faziam-no. A sua voz, não obstante, ouve-se a dirigir-lhes ásperas palavras e a dar-lhes brados fortíssimos, persuadindo-os a apressarem os passos até então desanimados que nem os de quem vinha conduzindo-os:
- Troooooooceeeeeeeeeeee, buuuuuuuuurrooooo!
Na época em que começa esta história, os anos derradeiros do século 19 iam-se, verdadeiramente, enfrouxecidos e indolentes. Há quem se lembre. (in: Santana e o Inovador Candinho - Capítulo I - escrito no livro "NÃO", o mesmo "NÃO" do qual se originou o nome do portal http://www.santanaoxente.com/)
Está escrito no livro “NÃO” (1989, P. 133), de um dos escritores de Santana do Ipanema, e esta narativa encontra-se no final da obra que, quase todas as tardes, eu vou reler na Biblioteca Municipal de Santana do Ipanema: Candinho granjeara fama e tornara-se bem-falado por ser um dos inovadores no Sertão alagoano a conduzir água do rio Ipanema em ancoretas nos lados de uma cangalha – esta usada para forrar lombo de burro – às casas que pediam os seus serviços. Nas ruas pedregosas de Santana do Ipanema, Cândido e dois muares (Pirigu e Prissigu) abasteciam os potes de barro das casas sem água.
Perigo e Persigo (1989, p. 133-4), nome de seus dois asnos. Candinho sempre transportou água com a ajuda deles, sendo um mais conhecido como Prissigu, vinda das cisternas, das cacimbas (feitas em dorsos areentos de rios e riachos) e dos açudes às clientelas exigentes que podiam-lhe pagar por uma carga, ainda que salobre.
Os burros e Candinho perdiam-se numa tangente que um caminho de casas e casinholas e muros rústicos e arbúsculos e árvores desnudas e raquíticas faziam-no. A sua voz, não obstante, ouve-se a dirigir-lhes ásperas palavras e a dar-lhes brados fortíssimos, persuadindo-os a apressarem os passos até então desanimados que nem os de quem vinha conduzindo-os:
- Troooooooceeeeeeeeeeee, buuuuuuuuurrooooo!
Na época em que começa esta história, os anos derradeiros do século 19 iam-se, verdadeiramente, enfrouxecidos e indolentes. Há quem se lembre. (in: Santana e o Inovador Candinho - Capítulo I - escrito no livro "NÃO", o mesmo "NÃO" do qual se originou o nome do portal http://www.santanaoxente.com/)

Uma cidade plantada, como são plantados por ventos os mandacarus, no coração do sertão nordestino. O mesmo Sertão dos romances famosos, dos bandoleiros que enchem páginas, dos vendedores de carvão, dos vendedores de água, dos que vendem como se comercializassem as cidades.